Após um bate-boca com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em audiência na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (22), o deputado federal Abílio Brunini (PL-MT) disse à Gazeta do Povo que o ministro insiste no “negacionismo econômico”.
“O Haddad ignora a situação real do Brasil, os números como são apontados, os prognósticos dos cientistas econômicos. Até a Globo tem falado da situação econômica do nosso país. O brasileiro sente na mesa, no prato, a situação econômica do nosso país”, declarou.
Brunini ainda citou o aumento do desemprego que subiu para 7,9% no primeiro trimestre deste anoe o recorde da dívida pública que atingiu R$ 6,5 trilhões, além do corte de R$ 4 bilhões que foi feito na Saúde e Educação.
“Ele disse que é apenas um contigenciamento, mas a greve dos professores das universidades e dos profissionais dos institutos federais não apontam esse posicionamento dele”, diz.
O oposicionista também criticou o fato do ministro estar “rodeado de pau-mandado e de puxa-saco político, que tentaram manter o negacionismo dele”. “É um negacionista da economia e ele foi desviando do foco”, acrescentou.
Em tom de brincadeira, Brunini ainda disse que a sensação é que “ele [Haddad] queria estar no Ministério da Cultura, onde ele falou muito mais sobre música, antropologia e outras áreas, do que explorou as respostas dos questionamentos que foram feitos”.
Já o deputado Filipe Barros (PL-PR), que também teve um embate com Haddad na audiência, disse que Haddad foi “pronto para lacrar”.
“O ministro diz ter receio dos recortes. Só que é ele próprio que trouxe um recorte fantasioso da economia que nao bate com a realidade do povo trapaceado por Lula. A promessa era picanha, mas só tem pepino e abacaxi”, escreveu Barros pela rede X.