Familiares e amigos de Maria Eduarda Ferreira da Silva, 17 anos, que morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Mary Dota no último dia 5 enquanto aguardava por mais de 24 horas uma vaga para internação em hospital do Estado, realizaram na manhã do último sábado (13) ato com faixas e cartazes para cobrar a implantação de mais leitos hospitalares em Bauru.
O grupo saiu em carreata de uma praça no bairro Pousada II e se reuniu na Praça Rui Barbosa, no Centro, e seguiu em caminhada pelo Calçadão.
Durante a manifestação em defesa da saúde pública, foram cobrados a liberação de leitos já existentes no Hospital Estadual (HE) para pacientes em situação de urgência e emergência, o que depende do aval do Governo do Estado, e também a construção do Hospital Dia Municipal.
“Decidimos fazer esta carreata, mesmo sabendo que não teremos mais a Maria Eduarda, mas buscando que outras famílias não passem pelo que passamos”, declarou a tia da jovem, Janaina Alves Fernandes, em entrevista ao JC. “Se tivesse a vaga Hospital Estadual (HE), ela poderia ter mais assistência e o sofrimento dela poderia ter sido mais humanizado. Foi muito triste ver ela morrendo aos poucos na nossa frente”.
Em nota encaminhada ao JC, a Secretaria Estadual de Saúde lamentou as mortes, se solidarizou com os familiares dos pacientes e garantiu que todos os casos serão investigados. “Na atual gestão a saúde da região é tida como prioridade, haja visto o aumento de 30% na oferta de leitos. Somente em Bauru foram abertos e ativados 212 leitos no último ano, sendo 112 no Hospital de Clínicas de Bauru, atendendo a um antigo anseio da população”, afirma a pasta. A nota complementa ainda que há tratativas com a Prefeitura de Bauru para ampliação de serviços de saúde importantes para a população, além da previsão de ampliação de leitos no Hospital das Clínicas após as adequações necessárias.
No que diz respeito ao município, de acordo com a Prefeitura de Bauru, o projeto básico do Hospital Dia Municipal está em fase final de elaboração e as licitações para construção estão previstas para serem abertas neste mês ou em agosto. O Executivo afirma que pretende começar as obras até o final deste ano. A previsão é de que haja 60 leitos de internação, sendo seis para UTI.
Por Jornal da Cidade
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