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Comissão sobre acidente aéreo quer ouvir presidente da Voepass



A comissão externa para acompanhar as investigações sobre o acidente com o avião da Voepass, que ocorreu em Vinhedo (SP) no último dia 9, se reúne na próxima terça-feira (27). O colegiado, sob o comando do deputado Bruno Ganem (Pode-SP), definirá o plano de trabalho e votará vários requerimentos que já foram apresentados.

Entre os requerimentos, constam convites para representantes da Voepass, Aeronáutica e Polícia Federal, que acompanham o desdobramento sobre o acidente aéreo. Um dos convites é para o presidente da empresa, José Luiz Felício Filho.

A queda ocorreu quando a aeronave, um turboélice modelo ATR-72, matrícula PS-VPB, fazia o voo 2283, de Cascavel (PR) a Guarulhos (SP). O avião operava com 58 passageiros e quatro tripulantes, todos morreram no acidente.

Além de ouvir investigadores, os membros do colegiado também pretendem visitar a oficina da companhia aérea.

De acordo com o relator da comissão, deputado Padovani (União-PR), o objetivo do trabalho será conhecer as causas do acidente e propor regras para tornar o transporte aéreo mais seguro. Segundo o parlamentar, que é de Cascavel, cidade de onde partiu o voo, a intenção não é promover uma “caça às bruxas”.

“Se houve falta de manutenção, a Anac vai trazer para o relatório. Se houve excesso de trabalho de funcionários, de pilotos, de comissários, isso o Ministério Público do Trabalho vai averiguar. Se houve falha na torre, o Cenipa [Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos] vai averiguar. Então, a nossa ideia é elaborar, com equilíbrio, uma forma de prevenção de acidentes”, afirmou.

Causas do acidente aéreo

Padovani destacou que há sempre mais de uma causa envolvida na queda de um avião. No caso do acidente da Voepass, ele lembra que já existem algumas hipóteses, como muito frio e umidade na altitude em que o avião voava. Isso teria congelado a asa da aeronave. Ainda conforme o parlamentar, outra possibilidade é que o piloto tenha demorado a baixar o avião. No entanto, ele reitera que a investigação das causas é tarefa das autoridades competentes.

“Nosso radar é sabermos as causas, e sabermos o que fazer para que isso não volte a acontecer. Agora, o que houve? A culpa foi 100% da empresa? Aí ela vai ser responsabilizada. A culpa foi da meteorologia? Temos que fazer procedimentos. A culpa foi do piloto, que deveria ter percebido, ou faltou algum equipamento? A gente vai ter que melhorar. Essa é a ideia, trazer paz, equilíbrio, trazer a resposta para as pessoas”, ressaltou.

No dia 10, o Cenipa informou que já iniciou a análise e coleta de dados dos dois gravadores de voo, as chamadas caixas-pretas. O Centro afirma que deve divulgar o relatório preliminar sobre o acidente em 30 dias.



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