O nível da Lagoa de Captação do Rio Batalha chegou, neste domingo (8), a 1,08 metro, o mais baixo dos últimos dez anos, segundo o Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Bauru. De acordo com a autarquia, a última vez que a mesma marca foi atingida foi em 16 de setembro de 2014. Para abastecer as cerca de 100 mil pessoas que dependem do manancial, o ideal é que esteja em 3,20 metros.
Diante da situação dramática, o departamento estuda a readequação dos grupos de racionamento de água, que completa quatro meses nesta segunda-feira (9). Porém, ainda não há prazo para a mudança, informa a assessoria de imprensa do DAE. Nesta segunda-feira (9), no entanto, o nível está em 1,76 m, mas ainda bem muito longe do necessário.
SECA
A situação alarmante foi tratada pelo JC/JCNET na edição de sábado, segundo a qual a nascente do Rio Batalha, localizada na Serra da Jacutinga, em Agudos, já não jorra mais água. O prolongado período de estiagem, somado às mudanças climáticas e à falta de chuva – que deve perdurar ainda nas próximas semanas -, é o principal causador do problema e da manutenção dele.
No texto, o coordenador do projeto “Sacre”, que há dois anos pesquisa o sistema hídrico de Bauru, o hidrogeólogo Ricardo Hirata, professor titular da USP, afirma que isso indica um novo cenário para o Batalha – mas não necessariamente o fim do rio e de sua bacia hidrográfica.
Segundo ele, a água pode voltar a surgir naquele local quando do retorno das chuvas ou em algum outro ponto próximo – resta saber se na mesma quantidade e pressão, no entanto. “Ocorre que o Batalha e o aquífero Guarani estão estressados, sobrecarregados. A água não volta para eles na mesma proporção com que é retirada”, explicou Hirata ao JC.
CHUVA
O cenário levou a prefeita Suéllen Rosim (PSD) à lagoa de captação, neste domingo, de onde gravou um vídeo publicado em redes sociais. Nele ela destaca que há cinco meses Bauru não registra uma chuva expressiva, sendo que a crise hídrica decorrente da estiagem é um problema que afeta todo o País.
No Instagram, a chefe do Executivo deu ênfase ao que chamou de “a pior seca da história do Brasil”, vivenciada em 2024. Ela pede que a população de bairros como Vila Falcão, Vila Independência, Alto Paraíso, Ouro Verde, Vila Industrial, Jardim Solange economize água, uma vez que o abastecimento está comprometido. Orienta, por exemplo, que as pessoas se coloquem no lugar de outras.
Já o DAE informa também que, desde que a situação emergencial de crise hídrica foi decretada, tem orientado a população quanto à importância do consumo consciente e do controle do desperdício de água potável distribuída para o consumo.7
Por JCNET
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