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Lewandowski envia Força Nacional para áreas indígenas do MS


O envio da tropa acontece em meio a uma escalada da violência no campo deflagrada após a derrubada do marco temporal pelo STF
O envio da tropa acontece em meio a uma escalada da violência no campo deflagrada após a derrubada do marco temporal pelo STF| Foto: Daiane Mendonça/Secom RO

O ministro da Justiça e Segurança, Ricardo Lewandowski, autorizou o envio de agentes da Força Nacional de Segurança Pública para preservar a ordem e a integridade em aldeias indígenas do Cone Sul do Mato Grosso do Sul e nas regiões fronteiriças do estado.

A autorização foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (17).

De acordo com a Portaria n° 726, a tropa atuará na região pelos próximos 90 dias em apoio às ações da Polícia Federal (PF) e em articulação com os órgãos de segurança do estado.

O número de agentes enviados ao Mato Grosso do Sul não foi divulgado.

O envio da tropa acontece em meio a uma escalada da violência no campo deflagrada após a derrubada do marco temporal pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Desde o fim de junho, grupos indígenas reivindicam a conclusão do processo demarcatório de áreas ocupadas por produtores rurais, que têm reagido às tentativas de invasão.

De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), “as ocorrências evidenciam a insegurança jurídica vivenciada há décadas no estado, resultante da falta de uma resposta definitiva, por parte do Poder Público”.

Segundo a Agência Brasil, no último fim de semana, produtores rurais e indígenas se enfrentaram, pelo menos, duas vezes.

“A primeira ocorrência foi registrada no sábado (13), em Douradina, a cerca de 195 quilômetros de Campo Grande. O segundo caso aconteceu na Terra Indígena Dourados-Amambaipeguá I, que abrange parte dos territórios das cidades de Amambai, Caarapó e Laguna Carapã, no domingo (14)”, informou a Agência. 

Esta semana, Lewandowski também autorizou o emprego de agentes da Força Nacional de Segurança Pública em duas cidades de Roraima e em quatro áreas da União no Rio Grande do Sul destinadas ao uso exclusivo indígena.



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